Um mito chamado Drosler
Vendo-me na margem de um rio, esse espelho fascinou-me de tal maneira que tudo ao meu redor se transformou em incómodas gotas de chuva que distorciam a perfeição dessa imagem. Lars Drosler Poético e irreverente, o imaginário Drosler (de J. Tordo) explica a essência humana e a sua incapacidade de relacionamento. Somos animais, dizem. Antes de tudo o mais somos humanos, é isso que nos distingue. De facto, sim, mas antes somos animais e, como todos os outros, somos centrados em nós mesmos, detentores da única verdade que realmente nos move: a nossa. Instintivos, criativos, superamos barreiras e atingimos todas as nossas metas com uma única condição, típica de qualquer animal: precisamos de acreditar e precisamos de, na nossa verdade, o querer. Do mesmo livro retirei: "É tão simples, só existem dois caminhos. Podemos tentar compreender tudo, e fracassar; ou aceitar o mundo tal como ele é." Acontece que o poético Drosler discordaria. Inconclusivo, por certo, dada a su...
