As minhas convicções (ou a falta delas)
Estamos, com grande frequência, perante uma tomada de posição: direita ou esquerda; certo ou errado; a favor ou contra; verde ou vermelho; sim ou não? Dizem que é mesmo assim a vida. E não é mentira que durante todas as horas do dia em todos os dias da nossa vida fazemos escolhas: chamam-lhe a tão desejada liberdade, um conceito diferente daquele que eu sempre imaginei para a liberdade sem limitações. Dou por mim, algumas vezes, indeciso. Qual é a minha posição? O que me leva a associar-me um partido ou a um movimento? Quais é que são, de facto, as minhas convicções? São fruto da minha experiência, do meu passado, das minhas leituras, vivências, amizades, contactos? É difícil tentar percebê-lo, mas mais importante do que entender a sua origem é perceber a sua realidade. Serei eu contra ou a favor do Aborto? O que é que a minha posição implica ou, pior, o que é que a ausência da minha opinião significa? Serei eu assim tão importante ou, contrariamente, tão insignificante? O aborto está ...