A lição que eu aprendi no teu último suspiro

Passo demasiado tempo sem insistir nas coisas de que gosto. Demoro-me na tomada de decisão por medo do consciente ou por inconsciência, ou por ter medo, não dos outros mas de mim com os outros.

Esse sou eu numa parte que não me define ou não na forma como eu me vejo.

Assusto-me com frequência com as todas as vezes em que não me assumi a favor ou contra algo ou na impotência das palavras que expressam o que eu gosto ou não gosto, ou o que amo e evito expressar. Não porque não sinta, mas porque tenho medo de sentir. Ou sou só muito insuficiente emocionalmente.

Penso no dia em que me arrependerei. Normalmente ignoro o pensamento e rapidamente desligo-me. Excepto hoje, quando  já arrependido me despedi de uma parte de mim. Não é realmente uma despedida, mas o dar lugar a ausência que já existia. O último olhar para ti ainda que o anterior tivesse sido há muito tempo. A certeza da não repetição, a certeza da ausência, a liberdade de deixar-te partir sem querer perder-te.

Às vezes sinto-me num vazio que eu conquistei e que detesto. Hoje talvez me tenhas ensinado algo novo, como sempre fizeste, quando te dei oportunidade. 

Ficaremos juntos sempre nas memórias que já antes nos ligavam, mesmo estando longe. Até sempre.

Mensagens populares deste blogue

Um mito chamado Drosler