O regresso

Todos os dias fazes um novo caminho, dás um novo passo e segues em frente no teu percurso. Procuras saídas, oportunidades, novos mundos e pessoas diferentes. Procuras e encontras, envolves-te e evoluis. Mas a tua história não se altera, não se apaga e muito menos se destrói. 

Relembras os hábitos, as angústias, lembras-te das noites a olhar para o vazio e a pensar em tudo aquilo que fizeste, pensas na vida e o que podias fazer fora dali. Lembram-te as pessoas, as suas histórias, a forma como te divertias e como choravas sempre que lá dentro viajavas cá para fora. Foi difícil, apesar de tudo ter sido tão mais fácil lá dentro. 

Gritas por socorro, impressionas-te com a tua besta interior e choras em pranto. Suplicas por um fim, pedes-lhe que te dê descanso e que te permita continuar, que te apague as memórias mais incómodas que habitam dentro de ti. Não consegues fazê-lo, nem Ele. É a tua história, o teu percurso e, de todas as vezes, vais regressar, sentir o mesmo, as emoções que nunca apagarás. A tua solidão amargurada de um entendimento que é só teu e sem possibilidade de o entenderes. É o teu regresso.

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