Um novo conceito
Conheci o amor. Sempre me questionei e duvidei do conceito: não o entendia. Sempre procurei amar os outros, mais do que a mim mesmo, e essa busca resultou sempre em experiências que me conduziram por uma conquista desmesurada que marcou o caminho com falsas modéstias, incoerências, inseguranças e vontades escrupulosamente falsas. Eu queria sentir o amor, queria incessantemente, até que desisti. Optei por um caminho diferente. Misturei-me, envolvi-me, joguei-me no chão e nunca chorei porque não era capaz. Sentia-me vazio, mas aprendi que estar sozinho podia fazer-me bem. E fez, muito bem. Foi de tal forma envolvente que deixei de sentir e, pior, deixei de o querer fazer. Bloqueei-me e, sem perceber, esqueci-me de tudo o que antes era natural em mim. Quando o conheci não assumi nenhum jogo, já tinha realizado que estava incapacitado daquela que era a minha natureza. Estava seguro. Não me iria envolver, não seria capaz. E não fui. Conheci-o, genuinamente, sem preconceito, nem qualque...