O sonho
Já com os olhos semi-cerrados desliguei o computador. O sono apoderou-se da cabeça cheia de pensamentos e de barreiras que sabia ter de ultrapassar. Fechei os olhos e depressa fui conduzido a uma cenário negro, muito negro, onde de repente o passado é presente e o terror assola a alma, confundido os tempos e os espaços. Estavam lá todos os episódios e lembro-me da angústia. Eu estava presente, era o protagonista, mas não me percebia, não conseguia compreender aquele meu "eu" passado a viver no "eu" presente. Falava com ela sobre como pensamos e agimos e sentia-me confuso, tinha muito conhecimento e a minha cabeça rebentava. Não sei em que divisória estaríamos, mas pertencia àquela casa naquele local onde de tudo aconteceu. No meio disto, ele sobe umas escadas enquanto fala ao telemóvel, passa pelo aro da porta daquela divisão que nunca existiu; a porta também lá não estava. Ela disse-me que ele deveria ter vindo buscar coisas que ainda eram dele. Mas que ...