Escrevo sobre o amor
A incapacidade da escrita resulta em mim na consequência de não acreditar naquilo que é o amor ou, ao invés disso, vivê-lo. Percebo agora que a maior parte daquilo que escrevo diz respeito a amar, ao amor e como este influencia as minhas experiências de vida. Percebo que não amando reflito sobre o que já amei ou quem e de que forma poderei vir a amar. Entendo que é o amor que move a minha narrativa, olho para trás e percebo que foi assim que vivi incessante e desmesuradamente sem planos nem uma motivação estabelecida: apenas sentir e viver o amor. Encontro-me sozinho, por fim, depois de tanto tempo e de tantos pedidos de consciência para assim o estar. Eu comigo e com a necessidade e a certeza de saber-me sedento de alguém, da sua presença, da sua história - falta-me a minha e só por isso essa sede. Construo novas histórias na minha cabeça: o que ser, o que fazer, com quem falar, o que aprender, onde ir a seguir. Tanta liberdade e tão pouco tempo: passaram anos de um ...