Exclamando a liberdade

Somos livres. Esta é uma das primeiras leis fundamentais que nos é dirigida: "Tu és livre. Livre de pensar, de fazer, de achar, de falar, de fazer acontecer. Foi um direito que foi conquistado e que, por isso, é por ti adquirido. Basta que sigas as leis e esse é um direito que nunca te poderá ser retirado."

Discurso bonito. E não, não vou entrar num monólogo discursivo sobre o conceito de liberdade e aborrecer-me com o quão filosófico esse monólogo poderia mostrar-se. Limito-me ao conceito de "falácia", do latino fallare, que não é mais do que um engano, um disfarce com aparência de verdade. É isso esta liberdade a que nos obrigam: uma falácia.

A liberdade condicionada pelas leis das sociedades em que vivemos não é mais do que a personificação de uma prisão vazia das liberdades individuais. Prendemo-nos me rituais estranhos em que o sono se confude com um "reabastecimento de energias" e o trabalho com uma obrigação social de utilidade e, pior do que isso, de prosperidade.

Na realidade ser livre é apenas uma ideia possível do poder em tomar decisões com base naquelas que são as obrigações e prisões da nossa liberdade.

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