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A mostrar mensagens de abril, 2015

Não pares de fugir

Foge, corre e não pares. Luta contra todos os obstáculos, mas foge e não te deixes apanhar por aquilo que te destrói e te sufoca. Conhece todos os dias, pelo menos, uma pessoa diferente. Fala, a cada dia, sobre um assunto diferente. Revitaliza-te e descontrói a tua rotina, esmaga os planos e perde-te, mas foge. Foge do banal, do comum, do mundano e daquilo que te descaracteriza. Procura cometer erros, mas diversifica-te: um erro só pode ser benéfico quando cometido pela primeira vez. Foge e não deixes de acreditar, mesmo que as tuas crenças se alterem todos os dias. Foge da ignorância e mantém-te atualizado: a ignorância só traz felicidade àqueles que não acreditam que podem ir mais longe. Foge e mantém-te em contato, mas não estejas permanentemente disponível.  Foge, corre e não pares. Reinventa-te.   

Não se desiste daquilo em que se acredita

Até aqui procurei o caminho para fugir àquilo que me consome por dentro e que insisto em querer fazer desaparecer: aquilo que sinto por ti. Por momentos, longos momentos, julguei tratar-se de uma obsessão, uma doença mental, este desejo infinito de te poder tocar, abraçar-te, olhar-te de novo nos olhos e dizer-te tão simplesmente que és a única pessoa no mundo que me faz sentir seguro, confortável e amado. Mostraste-me isso e foi o melhor que alguma vez recebi de alguém. Depois decidi contrariar esta corrupção interna que se aflige dentro de mim e me faz querer voltar atrás e segui os conselhos da vida: segui em frente. Encontrei outras pessoas disponíveis para me conhecer, para me respeitar, para me dar tudo aquilo que poderia querer: respeito, carinho, conforto, um porto seguro, o toque, a carícia, o envolvimento. Descobri-as e afastei-as. Não o senti. Não era o teu cheiro, o teu toque, o teu sorriso. Não eras tu e eu não quis continuar. Olho para ti, penso em ti e em tudo o...

Pensar não é sentir mas é mais seguro

Quem pensa sobre o amor que sente sofre pelo amor que perde, sem o sentir. Quem ama sem pensar sofre pela incapacidade de não o conseguir deixar de sentir. É bom estar apaixonado e aprender a partilhar os momentos a dois, os pensamentos e as ilusões, mas inevitavelmente a paixão vai intensificar-se. Dizemos que amamos sem o perceber realmente e só o entendemos quando não conseguimos deixar de o sentir. Não basta "seguir em frente" quando para trás ficou a parte de nós que amou (e que ainda ama). O amor não deixa de se sentir e não é substituível, quem ama não desiste, mas quem persiste só o pode fazer quando reconhece ser possível acreditar. 
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Para onde a seguir?

A distância não tem tempo

A distância e o tempo são circunstâncias voláteis e absolutamente nada constantes. Os dias passam, os meses duram e a distância aumenta, tendemos para o esquecimento até que, de repente, a distância se quebra e o tempo pára. E, pior, volta atrás. O que de mais certo existe deixa de fazer sentido quando nos debruçamos sobre a ação humana e essa, com maior persistência e independente da distância e do tempo, perdura e não se apaga. O amor existe e não se desconcretiza. O amor e a morte nada separa da concretização. São o que de mais real o ser humano tem para si. 

Aquelas palavras confusas

E, sem que nada o prevê-se, começaste a desvanecer. Começas a perder espaço próprio e adquirir o teu estatuto próprio, no passado. Não me é possível esquecer-te, nem a coisa nenhuma que junto de ti vivi. És importante, sim, e nem por isso mais importante do que eu. Troquei-te, talvez. Troquei-te por mim: o melhor que podia ter decidido fazer. Existes e continuas a existir no meu percurso. Um dia, vou cruzar-me novamente contigo e o mais provável é que esse encontro até seja propositado e sei que, nesse dia, vou conseguir olhar para os teus olhos e perceber o quanto gosto de ti e o como já não é possível amar-te. Não te agradeço porque ainda te vejo como uma "pedra no sapato" difícil de sair, mas espero poder fazê-lo. 

O caminho da incerteza

Olhas à tua volta e procuras um exemplo, um modo de o fazer, a atitude correta, o caminho a percorrer. Percebes a inúmera quantidade de pessoas que tens à tua volta e as várias formas que podes adotar para ti e projetas o teu percurso, imaginas-te de mil e uma formas e, um dia, quando decides parar e perguntar-te, excluindo as coordenadas que sempre te guiaram, o que gostarias mesmo de fazer, ficas sem resposta, vês-te perdido entre as várias hipóteses que já colocaste. "Não sei", dizes. E, de repente, percebes que o teu erro é continuar a procurar e a colocar em hipótese os vários caminhos possíveis. Percebes que o que importa não é escolher o que fazer, mas ir escolhendo, ao longo do caminho, o que não fazer.